segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Feliz dia do livro!

Hoje, 29 de outubro, é o Dia Nacional do Livro, e como uma forma de homenagear aquele amigo que diante do silêncio e da solidão se faz sempre presente, resolvi escrever sobre um, dos muitos, que mais marcou minha vida de leitora fanática. Aqui vai a dica de um ótimo livro! 




Dom Casmurro, livro do mestre Machado de Assis. Já foi odiado por muitos estudantes e vestibulandos, que se viram obrigados a ler e realizar famosos resumos da história (é claro que a maioria encontrou o trabalho pronto na internet). Mas essa não é a questão, o detalhe é que eu também odiei esse livro na minha primeira experiência. Porém, em 2008 quando decidi reler a história, minha leitura foi acompanhada pela microssérie Capitu, apresentada pela Rede Globo. A produção foi uma homenagem ao centenário de morte de Machado de Assis, e tinha como personagens principais os atores Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed.

Aconteceu que eu me apaixonei pela história, pela mistura de amor e loucura que o personagem Bentinho nos apresenta, alias é ele mesmo que apresenta, sendo o narrador, a história é contada a partir de seu ponto de vista, sem transmitir nenhuma outra opinião, nem a de sua amada Capitu, a famosa de olhos de cigana oblíqua e dissimulada. 

A frase de Bentinho resume bem qual era seu objetivo: “O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”. Ah, e antes de continuar com o enredo é preciso explicar a razão do título, e ninguém melhor que o próprio Dom Casmurro para te fazer compreender: “Não consulte dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo”.

Vamos a um pouco de história. A mãe de Bentinho, Dona Glória depois de perder um filho, prometeu que se o segundo vingasse faria um padre, porém, o pequeno se apaixona pela vizinha, Capitolina, e faz de tudo para não ir para o seminário. Com a ajuda de José Dias consegue fazer sua mãe persistir com a promessa e ao mesmo tempo se livrar da batina, ou seja, ela simplesmente faz outro menino virar padre.

Mas o mais incrível, é que essa não é uma das histórias em que há milhares de intrigas, e no final os personagens vivem felizes para sempre. Ao contrário os verdadeiros problemas e brigas começam quando o casal já está unido. Os motivos são os ciúmes e acusações da parte de Bentinho. E aí entra a famosa dúvida sobre o adultério. Afinal Capitu traiu Bentinho com seu melhor amigo? Não se iludam em achar que esse é o ponto áureo do enredo.



A verdade é que nunca iremos descobrir se a Capitu era realmente essa mulher incrivelmente bonita com olhos de ressaca, com ideias fortes e decididas, ou se foi a imaginação de Bentinho que nos apresentou ela assim.

O que podemos ter certeza, é que esse livro nos apresenta, primeiramente um romance de adolescência, daqueles que tira o ar, até dos mais incrédulos, e em um segundo momento descreve uma análise psicológica, que só Machado de Assis sabe fazer.

Voltando a falar da microssérie Capitu. Ela foi dirigida lindamente por Luiz Fernando Carvalho. Tinha dois pares de protagonistas, os atores Letícia Persiles e César Cardadeiro foram Capitu e Bentinho na fase da adolescência e a fase adulta ficou com Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed. E além de tudo isso, tinha uma ótima trilha sonora!




PERSONAGENS


Bento – Bentinho é o personagem principal e também narrador, ele conta suas aventuras da adolescência já na velhice.

Capitolina – Também conhecida como Capitu. “Morena, olhos claros e grandes, nariz reto e comprido, tinha a boca fina e o queixo largo”, assim definida pelo próprio Bentinho, ela era o objeto de seu amor e ciúme. 


Pedro de Albuquerque Santiago - o falecido pai de Bentinho. "Não me lembro nada dele, a não ser vagamente que era alto e usava cabeleira grande; o retrato mostra uns olhos redondos, que me acompanham para todos os lados...".

José Dias – O agregado, quando o pai de Bentinho ainda era vivo, ele chegou dizendo que era médico e acabou ficando por ali, mesmo depois que todos descobriram que não passava de um simpatizante da ciência. Ele é quem ajuda Bentinho a sair do seminário. Apesar de ter sempre interesses próprios, como viajar para a Europa, ele possui grande estima pela família.


Dona Glória – Mãe de Bentinho, uma mulher bonita e conservada, extremamente religiosa, viveu para Deus, seu falecido marido e também seu filho.


Prima Justina – A casa da família era dos três viúvos, a começar por Dona Glória, a outra era Prima Justina, adorava achar defeitos em todas as  pessoas. "...dizia francamente a Pedro o mal que pensava de Paulo, e a Paulo o que pensava de Pedro". 


Tio Cosme – Era o último viúvo da casa, era advogado e por essa razão tinha o verdadeiro respeito de José Dias.


Escobar – Bentinho o conheceu no seminário, virou seu amigo e confidente e mais tarde o alvo do ciúme, morreu afogado no mar do Rio de Janeiro.

Sancha 
– Amiga de Capitu, e mais tarde mulher de Escobar.


Sr. Pádua e Dona Fortunata - São os pais de Capitu. O primeiro, "era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra" e a mãe "alta, forte, cheia, como a filha, a mesma cabeça, os mesmos olhos claros". Jamais se opuseram à amizade de Capitu e Bentinho. 


Ezequiel - Filho de Capitu e Bentinho, em homenagem ao casal amigo, levou o primeiro nome de Escobar, assim como o casal deu o nome de Capitolina para sua filha. Quando pequeno costumava imitar as pessoas, e quando maior Bento cisma que ele era idêntico a Escobar, e isso aumenta sua desconfiança.



Feliz Dia do Livro


Hoje, 29 de outubro, é o Dia Nacional do Livro, e como uma forma de homenagear aquele amigo que diante do silêncio e da solidão se faz sempre presente, resolvi escrever sobre um, dos muitos, que mais marcou minha vida de leitora fanática. Aqui vai a dica de um ótimo livro! 


Alguém nasce mal? Ou a vida o torna mal?



Em Precisamos Falar Sobre O Kevin, Lionel Shriver aborda os pormenores de uma sociedade neurótica com serial killers. O livro, que virou Best-seller, foi publicado em 2003, tendo um curto período de distância com o famoso Massacre de Columbine, ocorrido em abril de 1999.

Devido a este e os inúmeros casos semelhantes em escolas do mundo inteiro, a reflexão apontada tão amplamente no romance, tornou-se mais atual impossível, questionando, comportamentalmente, qual seria a forma de alguém tornar-se mal. Afinal, o que é maldade?  Ela nasce dentro da pessoa ou é adquirida com o tempo? Qual é a responsabilidade dos pais na criação e imposição de limites a seus filhos? Nenhuma dessas perguntas é respondida, nem mesmo analisadas a fundo na área psicológica, porém, em sua narrativa, Shriver incentiva o leitor a refletir e chegar às próprias conclusões.

Eva Khatchadourian vivenciou através de Kevin, seu primogênito, algo que poderia responder a todas essas perguntas, porém, mais a impregnou de dúvidas e depressão. Através de cartas ao marido, Eva nos conta sua situação atual enquanto recobra ao passado, de uma forma reflexiva e detalhista do ponto de vista emocional e comportamental, ao afundar-se em memórias da sua própria vida e tentar entender qual foi o ponto alvo na criação que deu ao filho para que o mesmo perdesse a cabeça, como o fez, ao entrar em sua escola e matar com seu arco e flecha, tão apreciado esporte, sete colegas e dois professores.

Desde o início de seus relatos, Eva nos leva a viver sua vida sem qualquer medo, desde a dura infância, até a decisão e aceitação de ter um filho. Já que não tem mais nada a perder, de forma cruel e sem medir palavras, se dá conta do quanto ela mesma era parecida com Kevin, tanto física quanto psicologicamente, e procura entender qual era o sentimento de competição, não só pela atenção do marido e pai, Franklin, quanto pela atenção e ódio entre mãe e filho.  Chega a contar que fora uma mãe ruim em muitos aspectos, e que inclusive, chegou a odiar o filho e que muitas vezes desejou que ele não tivesse nascido.

 “Quando parei de me revirar para pôr o casaco, ele disse: “Você pode enganar os vizinhos, os guardas, Jesus e a sua mãe gagá com essas visitas de mãe boazinha, mas a mim você não engana. Continue com isso, se quer uma estrela dourada. Mas não precisa arrastar a sua bunda até aqui por minha causa.” Depois acrescentou: “Porque eu odeio você."

(...) Em vez de frases feitas, eu disse no mesmo tom informativo: “ Em geral eu também odeio você, Kevin.”, e me virei para ir embora.” (Pág. 58/59)


Em geral, Kevin é um personagem muito complexo, criado sob variações e temperamentos inigualáveis. É dotado de uma inteligência acima da média e de gostos incomuns, como o por vírus de computador e roupas menores. Mais que intrigante, ele tornou-se obra de Lionel, instigante e surpreendente, daquele tipo de personagem que é praticamente impossível prever e supor alguma coisa. Irritante e debochado, Eva o descreve narrando todas suas peculiaridades, tentando se convencer de que é tudo coisa de sua cabeça. 
   
“Mas, desde o momento em que foi posto em meu peito, enxerguei Kevin Khatchadourian como preexistente, alguém com uma vasta vida interior flutuante, cuja sutileza e intensidade diminuiriam com a idade. Acima de tudo, ele me parecia um ser oculto.” (Pág. 141)

Expondo seus sentimentos e dúvidas, Eva é uma personagem um pouco mais real e sentimental, o que leva ao leitor muitas vezes se identificar com o personagem e seus anseios. Porém, devido à falta de tato, pode causar, inclusive, certo desconforto na análise da personagem, questionando a si mesma e ao leitor, se o filho realmente nascera mal ou se fora culpa dela, as atrocidades cometidas por ele.

Apesar de ser uma leitura lenta e um pouco cansativa, por se tratar de uma narrativa epistolar e ter um conteúdo pesado, o livro criado por Lionel Shriver conseguiu surpreender muito mais do que o esperado, travando tantas mais perguntas sem respostas que prendem o leitor até o fim, para finalmente se descobrir que as respostas, na verdade, não existem.

Precisamos Falar Sobre o Kevin apresenta uma narrativa perfeita, não linear, que angustia o leitor do início ao fim, e por ser tão realista, dura e profunda, abrange um público menor, que tenta analisar o que pode se passar na mente de alguém tão perverso quanto Kevin.

No cinema



Adaptado pelo cineasta Lynne Ramsay, a releitura do best-seller homônimo de Shriver, foi lançado nos cinemas em 2011 e foi eleito o melhor filme no Festival de Cinema de Londres, no mesmo ano.

Interpretada por Tilda Swinton, de As Crônicas de Nárnia, Eva, tem a mesma aura cansada e melancólica a qual suas cartas refletem, e é claro que o personagem de maior foco, Kevin, também não deixa a desejar, sendo interpretado por Jasper Newell, na infância, e Ezra Miller, na adolescência.

O filme mantém a originalidade apresentando diversos flashbacks e é um tanto quanto sombrio e obscuro, como o tema, devido aos cortes de cenas e foco.

Assim como no livro, o filme serve não só para apresentar os dramas da mãe que tem no filho um potencial serial killer, e sim para questionar, indubitavelmente, como surge o mal dentro de cada um. 


E para você? Qual o livro que mais o marcou? Conte-nos um pouquinho! 


sábado, 27 de outubro de 2012

Simplesmente ela, Clarice Lispector!




Desde a última quinta-feira (25), os curitibanos estão tendo a chance de 
acompanhar o espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", dirigido e estrelado pela atriz Beth Goulart. A peça fica em cartaz até domingo (28) no Guairinha.

Com trechos de entrevistas e de livros da autora, a plateia pode apreciar um pouco mais sobre uma mulher, com suas dúvidas e certezas sobre o amor, o pensar e o agir, a religião e a fé, e o mais simples e puro amor por escrever.

Com elegantes roupas, que vão sendo trocadas ao decorrer da peça e acompanhada pelo cigarro, a atriz conseguiu nos trazer a essência da autora, usando o sotaque único da Clarice, que muitas vezes, nos passava a impressão de ser russas.

O espetáculo conta também com música, dança, humor e sombra, que enfeitam as palavras escritas por Lispector. A peça se inicia com trechos sobre o viver. ""a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais".  E finalizada com um solene "Amém". 

Beth Goulart nos lembra da importância da leitura, em especial da literatura de Lispector. "Precisamos ler Clarice porque ela revela um próprio entendimento de si, e é isso que precisamos fazer também, conhecer nós mesmos, para conseguirmos entender os outros, e assim sermos mais gentis, afinal o mundo precisa de mais gentileza", conclui a atriz.

A atriz e diretora conquistou pelo trabalho quatro Prêmios de Melhor Atriz: Shell 2009, APTR, Revista Contigo e Qualidade Brasil, que premiou também como Melhor Espetáculo. 

SERVIÇO:
O QUÊ? Espetáculo "Simplesmente Eu, Clarice Lispector"
QUANDO? 27/10 (21h) e 28/10 (19h) 
QUANTO? Inteira : R$70 e meia entrada R$35
ONDE? Guairinha (Rua XV de Novembro, 0 - Centro - Curitiba)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Feira do Livro de Frankfurt recebe o lançamento da Revista Machado de Assis


A primeira edição, que circula com 204 páginas, contou com 20 textos selecionados pelo Conselho Editorial.

  
Com intuito de dar maior visibilidade à literatura brasileira, A Fundação Biblioteca Nacional em parceria com o Instituto Itaú Cultura, a Imprensa Oficial de São Paulo e o Ministério das Relações Exteriores, lançaram no primeiro dia da Feira de Frankfurt (10/10), a primeira edição da Machado de Assis Magazine – Literatura Brasileira em Tradução, que tem por objetivo, promover o acesso a textos traduzidos, estimulando a venda dos direitos autorais para tradução e publicação no exterior.
A revista, homenagem à Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras, terá sua veiculação impressa e virtual, gratuitas. A edição virtual terá circulação trimestral, enquanto a impressa será publicada a cada seis meses. Será traduzida em inglês e espanhol, e uma vez ao ano, uma edição impressa em um terceiro idioma.
A Machado de Assis Magazine será espalhada pelo Ministério das Relações Exteriores a 170 embaixadas e consulados do Brasil que estão fixados em cinco continentes, justamente para levar a literatura nacional para os quatro cantos do mundo.
As inscrições para as duas próximas edições já estão abertas, e poderão ser realizadas até 10 de novembro.
Para mais informações e download dos textos, acesse aqui.


FRANKFURT


A Feira de Livros de Frankfurt é considerada o maior evento literário no mundo, reunindo editoras, autores e grandes nomes de todos os cantos.
Na cerimônia de encerramento, o Brasil representado por Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, recebeu o título de próximo país-tema da feira. 
No bastão, entregue por Tanea Heke, da Nova Zelândia (país homenageado deste ano), havia um papel com um poema misturando textos de 16 autores brasileiros, lido pelo escritor Hatoum. E para celebrar, nada mais brasileiro que música, com o concerto de Arthur Nestrovski e Celso Sim no encerramento da cerimonia.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Primeiro encontro do clube


Para acabar com a curiosidade de todos vocês, vamos começar nossa lista do clube. Homenageando o centenário de Jorge Amado, e aproveitando o embalo da “novela” da Rede Globo, o primeiro livro a ser discutir é Gabriela Cravo e Canela. Em pauta teremos a avaliação da obra traduzida para a TV, um pouco da história do autor, o período histórico em que ela foi escrita, a linguagem utilizada e a gramática como um todo, considerando suas mudanças em comparação aos dias atuais.

Sendo assim convidamos a todos para nos acompanhar em um bate-papo literário no dia 16 de dezembro, no parque São Lourenço. Nos encontraremos na entrada principal do parque (Rua Professor Nilo Brandão) e para nos acharmos mais facilmente, e causarmos até mesmo um estranhamento nas demais pessoas, pedimos que todos estejam vestidos com uma peça de roupa da cor vermelha, não tem nenhuma? Então use um acessório dessa cor. 

Nossas reuniões não terão mediadores, para que todos consigam dar sua opinião de forma democrática, serão abertas ao público, e como entrada pedimos um pacote de bolacha ou de macarrão, que serão repassados a instituição Lar Amor Real . Tragam seus livros e suas ideias e sejam muito bem-vindos ao clube!

SERVIÇO
O quê? primeiro encontro do clube do livro
Quando? 16 de dezembro
Onde? Parque São Lourenço
Que horas? 14h30
Quanto? Doação de um pacote de bolacha ou macarrão

Oficina de criação literária


Já estão abertas as inscrições para a oficina A Arte da Crônica.



Com orientação de Monica Berger na Casa da Leitura Walmor Marcelino, o workshop acontecerá em dois dias, tendo quatro horas por encontro.




Os temas abordados no primeiro encontro, dia 31 de outubro, das 14h às 18h, serão:
-a história da crônica no Brasil
-crônica e seus gêneros literários
-Fernando Sabino e Rubem Braga
- proposta de prática textual.

No segundo encontro, que se dará no dia 7 de novembro no mesmo horário, os temas estudados serão:
-as características fundamentais do gênero
-a pluralidade temática
Luiz Fernando Veríssimo e Stanislaw Ponte Preta
- proposta de prática. 

Serviço:

Oficina de Criação Literária: A Arte da Crônica, com Monica Berger
Incrições: pelo telefone: (41)3298-6319, vagas limitadas
Local: Casa da Leitura Walmor Marcelino
Datas: 31 de outubro e 7 de novembro de 2012, das 14h às 18h
Ingresso: gratuito
Data(s): 07/11/2012 e 31/10/2012

Paulo Coelho fala sobre seu novo romance



A Livrarias Curitiba do Shopping Estação abre suas portas hoje, a partir das 19h30, para um bate-papo virtual com o escritor Paulo Coelho. Polêmico e fenômeno de vendas no mundo inteiro, ele fará sua participação direto de sua casa em Genebra, Suíça. O autor de O Alquimista e Onze Minutos, está há 25 anos na lista dos mais vendidos e é considerado o brasileiro mais lido da história, com mais de meio bilhão de leitores. No bate-papo, Paulo contará sobre seu novo romance publicado há um mês pela editora Sextante, Manuscrito Encontrado em Accra, o qual já se encontra na lista dos mais vendidos. O evento é gratuito e aberto ao público. 

Serviço:
Livrarias Curitiba – Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775)
Telefone: (41) 3219-5550

A agenda cultura da livraria você encontra aqui 

Colégio Medianeira promove festa de literatura e arte.


Fabrício Carpinejar e José Miguel Wisnik são dois dos palestrantes que estarão presentes no evento



A segunda edição da FLIM, Festa Literária do Medianeira, iniciou sua semana de atividades nessa segunda-feira (22), com a palestra do escritor e linguista Carlos Alberto Faraco, que abordou a base das formulações éticas no mundo atual em contato com as práticas de linguagem. O jornalista e escritor, José Castello, também foi um dos principais convidados do dia e ministrou um bate-papo que reuniu mais de sessenta pessoas na tenda principal.


O evento contou ainda em seu primeiro dia, com uma oficina de criação literária, ministrada por Otto Leopoldo Winck, escritor do romance Jacob, vencedor do prêmio da Academia de Letras da Bahia. Na oficina, Otto deu várias dicas para quem sonha publicar um livro e enfatiza que para se tornar escritor, primeiramente deve-se ser um grande leitor.
Organizada por Cezar Tridapalli, coordenador de Mídia Educação do colégio e escritor do romance Pequena Biografia de Desejos, a FLIM traz ao público nomes da literatura nacional em palestras, oficinas e uma feira que conta com quinze expositores e uma grande oferta de títulos à venda. Outras atividades que acontecerão simultaneamente, são rodas de contação de histórias, apresentações musicais, e bate-papos com nomes de grande apreço pela literatura.
Entre os palestrantes estarão o professor de Teoria Literária da USP, José Miguel Wisnik, Fabrício Carpinejar falando sobre o amor, e um bate-papo instigante com Teresa Urban e Paulo Sandrini sobre “Literatura e Resistência”.


Além da FLIM, acontece na mesma semana no colégio, a Mostra de Artes do Medianeira (Mediarte) contando com exposições dos alunos, apresentações de teatro, música e no encerramento da festa, o show do Grupo Fato, comemorando os 18 anos do conjunto.


De acordo com Tridapalli, curador da festa, a ideia de realizar a FLIM surgiu em 2011, através do projeto realizado pelo colégio "Sujeitos Leitores" de incentivo à leitura, que constitui em entrevistar grandes leitores do Brasil. O nome é uma homenagem singela à famosa Feira Literária Internacional de Paraty, a FLIP.

Serviço:
Endereço: Colégio Nossa Senhora Medianeira, Avenida José Richa – Linha Verde, número 10546 – Prado Velho – Curitiba – Paraná
Telefone: (41) 3218-8000
A programação completa você confere aqui.







quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Bem-vindos ao clube!

Alguém já ouviu falar em clubes do livro? É bem provável que sim! Pessoas se juntam para conversar e discutir sobre uma paixão unânime: os livros. E foi com a vontade de criar um clube só nosso, que em uma conversa eu (Ketilyn Almeida) e Mellissa Saldanha, decidimos começa-lo. 

Tivemos como ideia base o livro "1001 Livros para ler antes de morrer" do autor Peter Boxall porém, não iremos seguir a mesma lista, estamos preparando uma nova para vocês, que acompanhe a nossa geração, sem deixar de conter os clássicos da literatura. O clube tem como objetivo, realizar não apenas reuniões para discussão de livros, mas estimular a cultura e a leitura entre os jovens, para quem não digam que a nossa geração não lê! Sendo assim sempre estaremos trazendo novidades culturais para os participantes.

 Os encontros são abertos ao público e serão feitos mensalmente, pedimos como entrada um Kg de alimento não perecível, que será doado a instituições de caridade. E como há uma grande procura, as reuniões serão feitas em um dos parques de Curitiba, assim conseguiremos acomodar a todos. Não teremos mediador, para que todos tenham chance de dar sua opinião. Divulgaremos a obra a ser discutida com um mês de antecedência aqui no blog e na página do facebook

Aliás o blog vai ser a plataforma usada para marcar eventos do clube, interagir com o público e também para trazer notícias da literatura em geral. Então, não deixe de acompanhar todos os detalhes do CLUBE 1001 LIVROS e seja muito bem-vindo. 


 Quem somos?

Ketilyn Almeida - 19 anos
Aspirante a jornalista, faz coleção de livros e fotografias, aliás ela ama fotografia. Seu livro predileto é Dom Casmurro do mestre Machado de Assis, mas tem uma tara por Segunda Guerra Mundial, então lê de tudo sobre o conflito, tendo uma paixão toda especial pelo romance A menina que roubava livros de Mark Zusak. Gosta de escrever, e tem mania de anotar tudo, que talvez um dia vá usar, e talvez por isso guarde tanto papel. Gosta de novidades, e fica de olho no que acontece de cultural na sua cidade. Sempre que possível vai ao cinema, só é uma pena que não leve os filmes tão a sério quanto os livros. Está acostumada a sempre escreverem ou pronunciarem seu nome errado, por essa razão adotou um apelido: Kety. Ela é dona de mais um blog o Estranho ao Meu Modo. Afinal em meio a manias e gostos, todo mundo é um pouco estranho ao seu modo, não é mesmo? Assim como Anne Frank escreveu em seu diário, ela também agradece todos os dias por tudo que é "bom, amado e belo".


Mellissa Saldanha – 20 anos 
Uma daquelas jornalistas sonhadoras, inatingíveis sabe, que chega a ser chata, mas que ainda imagina mudar o mundo com o poder das palavras. Desde muito tica escreve, de tudo um pouco, do pouco um tudo! Abandonou a poesia para entrar no mundo dos contos e viagens narrativas, e de lá nunca mais saiu e talvez até endoideceu. Não sabe bem ao certo o que escreve exatamente, tudo que diz respeito é cabível apenas a seus demônios internos. Teatro, bares, cinema, exposições, apresentações de música e dança, cultura.. gosta de tudo um pouco, mas nada lhe separa da boa viagem e solidão que um bom livro pode lhe propiciar. Seu chavão é o que Cony-filho cita como sendo um dos mais importantes desejos de alguém indescritível, como o era Cony-pai, em seu Quase Memória, Quase Romance. “Era um de seus lemas. Todas as noites, antes de dormir, se havia alguém por perto, ou se estivesse sozinho, sempre dizia em voz baixa, metade como compromisso, metade prece: “Amanhã farei grandes coisas!”.